Imagem: Protesto à saída do senado académico.
Contexto:
https://rum.pt/news/uminho-corta-relacoes-com-instituicao-a-favor-da-guerra-eou-do-hamas
1. O governo de Israel, em reação ao ataque terrorista do Hamas que teve lugar em 7 de outubro de
2023 e que vitimou centenas de civis israelitas, vem conduzindo ações de guerra generalizada em Gaza, com consequências devastadores para os setores mais frágeis da população civil, crianças, mulheres e idosos, provocando milhares de mortos, desalojando e forçando à sua deslocação a generalidade dos habitantes, destruindo inúmeras infraestruturas de suporte à vida das populações e também muitas universidades.
2. Israel vem atuando, de forma sistemática, em clara violação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, tendo, em consequência, visto os seus atos condenados pelas Nações Unidas.
3. A UMinho, que se rege pelos valores das democracias liberais, acompanha esta condenação, como a de todas as violações dos direitos humanos. A condenação de Israel não pode, no entanto, confundir-se com posições contra a existência do Estado de Israel ou com posições antissemitas.
4. A UMinho, tal como previsto nos seus Estatutos, prossegue os seus objetivos baseada no respeito pela dignidade da pessoa humana e na sua promoção, projetando estes valores na sua ação.
5. Por conseguinte, a UMinho exprime a sua solidariedade com todas as vítimas do conflito na Faixa de Gaza, condenando, à luz do quadro de valores que é o seu, todos os responsáveis, estados e organizações, pelas ações conducentes ao sofrimento de inocentes.
6. A UMinho entende que a paz, bem como o diálogo e a cooperação entre os povos são as únicas vias capazes de promover um mundo mais desenvolvido e mais justo.
7. No quadro da sua estratégia de internacionalização, a UMinho mantém relações de colaboração académica e científica com universidades israelitas e palestinianas, convicta de que esta é uma forma de contribuir para a criação de condições promotoras da compreensão e da cooperação entre os povos.
8. Face ao aprofundar da violência e do desrespeito pelos direitos humanos a que se assiste em Israel e na Palestina, a UMinho não deverá assumir, no futuro, projetos conjuntos com universidades israelitas que se manifestem a favor da continuação da guerra em Gaza, nem com universidades palestinianas que se manifestem a favor do Hamas.
9. A UMinho manifesta a sua disponibilidade para colaborar ativamente no apoio à reconstrução do sistema de ensino superior e de investigação da Palestina.